segunda-feira, 13 de julho de 2009

Hoje é o dia mundial do Rock’n Roll

Hoje, 13 de Julho, comemora-se o Dia Mundial do Rock’n Roll. A data se refere à 13 de julho de 1985 quando Bob Geldof, vocalista da banda Boomtown Rats, organizou o Live Aid , considerado o maior show de rock de todos os tempos, pela combinação de artistas lendários da história da pop music e do rock mundial.

Nomes como Paul McCartney, The Who,Boomtown Rats, Adam Ant, Ultravox, Elvis Costello, Black Sabbath,U2, Eric Clapton, Led Zeppelin, Duran Duran, Bob Dylan, Rolling Stones, Queen, The Cars, The Four Tops, Beach Boys, entre outros, tocaram no Wembley Stadium de Londres (Inglaterra) e no JFK Stadium na Filadélfia (EUA), tendo uma audiência pela TV de cerca de 2 bilhões de telespectadores em todo o planeta, em cerca de 140 países.

live aid

As origens do Rock são meio desencontradas. Há quem diga que o gênero surgiu entre o final dos anos 40 e início dos 50, numa combinação de diversos gêneros musicais como o gospel, o folk music e o blues, tendo por base um boogie woogie tocado no piano e o jump blues, mais tarde conhecido como rhythm and blues. Além e claro, da influências de country e jazz.

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Por outro lado, algumas gravações country da década de 30 e blues dos anos 20, no período em que norte-americanos experimentaram o jazz e o blues, já se notavam elementos do rock. Mais: ainda em meados do século 19, no velho distrito Five Points, em Manhattan, em meados do século XIX, na primeira fusão pesadamente rítmica de danças africanas com a melodia de gêneros europeus, de países como a Irlanda, já haveriam alguns traços do gênero.

o DJ Alan Freed

o DJ Alan Freed

Agora, a expressão Rock’n Roll teria surgido da boca do DJ Alan Freed em 1956, ao dizer uma frase como “My Baby Rocks Me With a Steady Roll” ou “All She Want To Do is Rock”, que logo virou Rock ‘n Roll, ao referir-se a esse novo estilo.

As primeiras gravações, chamadas geralmente de “Rockabilly”, foram em meados de 1950 por nomes como Elvis Presley, Carl Perkins e Jerry Lee Lewis, de influência country. Outros como Fats Domino, Chuck Berry e Little Richard, vieram da tradição do rhythm and blues negro, também atraim a platéias brancas. Digno de nota é que, em meio a tudo isso, as tensões raciais nos Estados Unidos estavam próximos de vir à tona, já que os negros norte-americanos protestavam contra a segregação de escolas e instalações públicas. O preconceito era notável, mas o mercado logo reconheceu que o público que admirava o novo gênero não era exclusivamente branco ou negro.

37 - Little Richard

Em julho de 1954, Elvis Presley gravou “That’s All Right (Mama)”. Dois meses antes, em Maio de 1954, Bill Haley And The Comets gravaram “Rock Around the Clock”, com pouca repercussão. Mas estourou nas rádios um ano depois, ao tocar na abertura do filme “Blackboard Jungle”. E seria considerada anos mais tarde como a música que marcou a explosão do gênero.

Logo, o gênero se espalhou, e com a ida de alguns artistas de blues para a Grã-Bretanha, inspirou muitos jovens a terem um caminho musical. Lá, bandas de skiffle, gravaram em pleno florescimento da cultura entre os jovens antes da era do rock. Inúmeros jovens britânicos escutavam R&B e os pioneiros do rock e começaram a formar suas próprias bandas. A Grã-Bretanha se tornou rapidamente um novo centro de rock and roll.

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E sim, foi lá que quatro rapazes da cidade portuária de Liverpool começaram o “longo” caminho até o sucesso como a maior banda de rock de todos os tempos. Mas antes disso, houveram outros como os três adolescentes britânicos que criaram Cliff Richard e os Drifters, em 1958 (mais tarde renomeado Cliff Richard e The Shadows). Uma das inovações que essa banda (dona do hit “Move It“) trouxe foi a “guitarra base” e um baixo elétrico.

Também no final dos anos 50 e início dos anos 60, Alexis Korner recriava um autêntico blues americano (do qual ele era fã) em clubes londrinos, e logo surgiriam grupos como The Rolling Stones e The Yardbirds, em Londres, The Animals em, Newcastle, e Them, em Belfast, que ficariam conhecidos nos EUA como parte da chamada “Invasão Britânica”.

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O gênero com o tempo ganharia outras vertentes, como o rock progressivo (com àlbuns conceituais e composições de longa duração, como Pink Floyd e Frank Zappa), o punk (com Ramones e The Clash), heavy metal (com altas distorções amplificadas, prolongados solos de guitarra, de bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple) e alternativo (como R.E.M e Beck).

O mais famoso dos jovens rebeldes: James Dean

O mais famoso dos jovens rebeldes: James Dean

Culturalmente falando, foi o início de uma nova roupagem para o conceito de ídolo: Elvis, Beatles e tantos outros viraram ídolos de jovens de ambos os sexos. As moças sonhavam com Elvis, e logo, os rapazes cultuavam a figura dos Beatles, e vestir-se como os ídolos, contrariando os costumes da epoca, tornaria-se um dos símbolos da rebeldia adolescente, no bom sentido, claro.

Falar mais das mudanças e inspirações do gênero ainda hoje em nossa cultura seria algo quase impossível, haja vista que com tantas transformações e divisões, ele influencia até hoje muitos nomes da música nacional e internacional.

Tirado do 100Grana.

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